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Servidores contam que transporte de pacientes foi
interrompido.
Falta do serviço atinge HE, HCAL e PAI, em Macapá.
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Ambulâncias que atendem a hospitais públicos
estaduais do Amapá teriam sido retiradas por falta de
pagamento do governo à empresa responsável pela locação
dos veículos. A informação foi confirmada por funcionários
que atuam na rede hospitalar. Em nota enviada, o governo
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informou que foi "surpreendido" com a atitude da empresa
e que foi à Justiça para buscar o retorno dos veículos.
"No dia 10 de dezembro a Sesa foi surpreendida
com a suspensão dos serviços sem prévio aviso.
Imediatamente a secretaria entrou com pedido de liminar,
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uma vez que o atraso alegado extraoficialmente pela
empresa não é superior a 90 dias do atual exercício
financeiro, como prevê a Lei Geral de Licitações nº 8.666,
para que o contratado interrompa os serviços", disse a
nota, acrescentando que a Justiça deu 24 horas para a
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empresa voltar com as ambulâncias para as unidades.
A falta das ambulâncias estaria afetando os
hospitais de Clínicas Alberto Lima (HCAL) e de Emergências
(HE) e Pronto Atendimento Infantil (PAI), todos em Macapá.
O G1 percorreu as unidades e constatou que não havia
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ambulâncias em nenhum dos prédios. No HCAL, a vaga
destinada ao veículo estava ocupada por um carro
particular.
De acordo com a enfermeira Sandra Pereira, de 49
anos, os funcionários receberam a informação de que o
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retorno das ambulâncias aconteceria somente mediante a
efetuação dos pagamentos. “As ambulâncias foram todas
retiradas. Não temos nenhuma no HCAL e nem no HE. Se o
governo do estado não liberar o dinheiro para pagar as
ambulâncias, elas vão continuar fora dos hospitais”, disse.
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Um técnico em enfermagem do Hospital de
Emergências, que preferiu manter a identidade em sigilo,
relatou que a retirada dos veículos atinge diretamente o
transporte de pacientes entre uma unidade e outra. “Os
pacientes que quiserem fazer algum exame têm que ir em
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algum carro particular por conta própria. Se ele entra, não
sai mais do hospital, se depender das ambulâncias”,
comentou o funcionário do HE de Macapá. [...]
Motoristas das ambulâncias dizem que tiveram
que ser remanejados para outros hospitais após o primeiro
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caso de retirada dos veículos. “As [ambulâncias] da UPA e
da maternidade nunca mais voltaram. Nós fomos até
transferidos para outros hospitais porque elas não
retornaram”, contou um motorista, que pediu para manter
a identidade em sigilo.
(g1.globo.com)