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Diversas prefeituras vêm estudando e desenvolvendo novos modelos de gestão pública no Brasil, priorizando
a eficácia e a eficiência na concretização dos resultados para a sociedade.
A gestão de políticas públicas na administração municipal é um desafio cada vez mais relevante, na medida
em que as necessidades dos cidadãos não param de crescer e a realidade de recursos financeiros disponíveis
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é finita.
Existem mais de 5 mil municípios no Brasil, com diversas extensões territoriais e diferentes
características socioeconômicas.
Administrar as necessidades da população é uma tarefa complexa, uma vez que o principal objetivo das
administrações municipais é garantir e constantemente melhorar a qualidade de vida da população em áreas
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urbanas e rurais, antecipando e assegurando o atendimento às necessidades em saúde, educação, moradias,
infraestrutura, acessibilidade, segurança, entre
outras.
Para alcançar esse objetivo maior, o investimento em planejamento urbano é imprescindível.
O desafio nesse cenário é tomar a decisão certa para uma melhor gestão e para o aproveitamento dos recursos.
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Nesse sentido, poder contar com uma infraestrutura de informações consistentes, precisas e atualizadas é um
diferencial crítico durante o processo de planejamento urbano.
Os diversos fenômenos e características de uma cidade, necessários a um pleno conhecimento
do território e, consequentemente, ao planejamento urbano, estão espacialmente distribuídos em um município.
Para que o planejamento urbano de um município seja realizado adequadamente, é necessário conhecer o
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território e realizar mapeamentos temáticos, os quais se originam na consolidação de dados e bases
cartográficas.
A estruturação de informações em bases de dados geográficos que demonstrem e elucidem o cenário urbano
e ambiental de um município, assim como informações complementares sobre a infraestrutura de educação,
saúde e rede viária, potencializa as análises na tomada de decisões em benefício público e na identificação
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de demandas e problemas, impactando a prestação de serviços ao cidadão, a qualidade de vida e o
desenvolvimento das atividades econômicas de uma cidade. As possibilidades
resultantes da estruturação de uma base cartográfica municipal e sua utilização no planejamento urbano são
múltiplas e se referem, mais comumente, ao mapeamento do uso e cobertura do solo urbano, à identificação de
loteamentos irregulares, ao apoio na elaboração de propostas de regularização urbanística e fundiária de
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bairros ou loteamentos, ao mapeamento dos vazios urbanos, à definição de áreas para expansão urbana,
à análise da infraestrutura pública existente, ao mapeamento de áreas com ocorrências de doenças e às
informações socioeconômicas e cadastro escolar, entre outras.
O mais interessante e desafiador no processo de estruturação de uma base cartográfica municipal é que os
diversos setores de uma prefeitura podem contribuir com as informações pertinentes à sua área
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de atuação, beneficiando‐se da
abordagem holística resultante e conseguindo, então, planejar mais bem suas tarefas e também mais bem atender
à população.
Muitos gestores públicos no Brasil já chegaram à conclusão de que sem informações corretas, atualizadas e
consistentes
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não é possível planejar adequadamente.
A utilização de tais dados possibilita a melhor utilização dos recursos públicos e a identificação de
respostas mais rápidas frente às demandas da população, o que certamente poderá resultar na melhoria da
qualidade de vida de um contingente cada vez maior de cidadãos.
Internet: blog.img.com.br, artigo de Letícia Mose (com adaptações).